sexta-feira, 3 de junho de 2011

Nostalgia .
















Meus olhos fogem dos teus os procurando e quando enfim encontram, não sabem bem para onde olhar.
Quem sabe um dia eu os entenda.
Consiga entender também o meu corpo que tenta se mover na inútil tentativa de não ceder, de não se entregar ao que os meus pés insistem em fazer.
Minha alma que sempre esteve te olhando de longe, pelos lados, pelos cantos palpitando de saudade insistindo na tentativa indisfarçável de gravar no meu coração vulnerável qualquer pedacinho seu e levá-lo até o fim dos meus dias. 
A mesma alma que anda totalmente desconcertada, que exibe ingenuamente as suas feridas. Que se pergunta se existiria possibilidades de algum dia nosso encontro ser inteiro, das nossas vontades serem demasiadamente iguais. 
Porque eu não posso mentir, não pra ela, não pra mim mesmo, que você é o único ser habitante de uma solidão : que me arrebata cruelmente, que me desmembra, que me sufoca.
Que me faz marejar em um oceano de águas soturnas, que me faz habitar num lugar que não descobri onde exatamente está, mas que já visitei muitas vezes, um lugar frio , triste , tão diferente do que eu costumava ir quando era levada pelo teu sorriso.

                               De minha autoria, e de meu querido amigo Geovani Cardoso. ( 03/07/2011 )

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