sexta-feira, 3 de junho de 2011

Nostalgia .
















Meus olhos fogem dos teus os procurando e quando enfim encontram, não sabem bem para onde olhar.
Quem sabe um dia eu os entenda.
Consiga entender também o meu corpo que tenta se mover na inútil tentativa de não ceder, de não se entregar ao que os meus pés insistem em fazer.
Minha alma que sempre esteve te olhando de longe, pelos lados, pelos cantos palpitando de saudade insistindo na tentativa indisfarçável de gravar no meu coração vulnerável qualquer pedacinho seu e levá-lo até o fim dos meus dias. 
A mesma alma que anda totalmente desconcertada, que exibe ingenuamente as suas feridas. Que se pergunta se existiria possibilidades de algum dia nosso encontro ser inteiro, das nossas vontades serem demasiadamente iguais. 
Porque eu não posso mentir, não pra ela, não pra mim mesmo, que você é o único ser habitante de uma solidão : que me arrebata cruelmente, que me desmembra, que me sufoca.
Que me faz marejar em um oceano de águas soturnas, que me faz habitar num lugar que não descobri onde exatamente está, mas que já visitei muitas vezes, um lugar frio , triste , tão diferente do que eu costumava ir quando era levada pelo teu sorriso.

                               De minha autoria, e de meu querido amigo Geovani Cardoso. ( 03/07/2011 )

Levanta, moça, sacode a poeira, tira o luto e vem pra dança. Não deixa aquele sonho tão bonito virar pesadelo. Não deixa as lágrimas continuarem a borrar a beleza do que você é. Não deixa essa saudade te impedir de andar pra frente, ao contrário, faça dela o teu combustível. Afinal, se é no futuro que reside a esperança de que a saudade enfim seja largada nos braços do amor, siga com toda a sua força até ele. O fim não pode ser o seu fim. Você fez o que estava ao seu alcance. Lutou, mostrou, insistiu. Recomponha-se agora. Deixa que as palavras que ficaram em banho-maria na alma do outro, serão cozinhadas ao pouco e no tempo certo a refeição poderá ser feita: um banquete de amor. Não chore por não ter alcançado o seu objetivo, o que importa na vida é a coragem que se tem pra arriscar. Você arriscou, moça, o quanto pôde, arriscou seus sonhos, sua sanidade, seu orgulho. Gritou aos ventos, anunciou em toda esquina, o deixou saber o quanto era amado, agora, retire-se e cuide de ti. Cuide desse coração que insiste em bater, desses olhos marejados, desse corpo cansado. Cuida desse caminho enorme que você precisará percorrer sozinha. E não pense que será impossível, olhe para você e descubra a força que há escondida por trás desses olhos com medo de se entregar, desse sorriso que disfarça toda sua dor, dessas mãos que levantam e escrevem histórias. Vai, moça, o mundo há de ser seu e de todos esses sonhos guardados no fundo falso da gaveta. Não deixe que um coração partido a faça desacreditar em finais felizes, ou que as nuvens te façam duvidar se o sol realmente está ali. Ele está. Se não for possível vê-lo e isso te assustar, o rabisque no céu com suas próprias mãos. O invente e se reinvente sempre que a vida exigir isso de ti. Não desista, moça, durante todo o percurso repita para si mesma: não desistirei. Um dia você encontrará um porto. Um coração como o teu, um amor maior, uma razão oculta nessa dor que hoje samba no teu peito. Reme teu barco e o leve para águas tranquilas, sem medo de se afastar demais do lugar onde estava. Aquele barco que um dia navegou junto ao teu, te encontrará onde estiveres se assim tiver que ser. Prossiga. Escreva, grite, chore, mas sem parar, faça tudo isso andando sempre em frente. Sinta saudade, arrisque-se no mecanismo da amizade e aprenda a calcular a matemática dos amantes, se for isso o que o seu coração deseja, mas siga sem medo. Faça tudo sabendo que os riscos estão sempre a beira do caminho. Navegue por águas mansas sabendo que a tempestade pelo menos uma vez se anunciará. Cultive um jardim sabendo que as pragas precisarão ser vencidas. Ame sabendo que corre o risco de sobrar sozinha com o coração na mão. Só não desista. Você é forte, moça. E se suportou tudo isso até aqui, você consegue ir muito além. Eu acredito em você, acredite também. Talvez seja isso o que falta: você olhar no espelho e ver alguém que pode ser o que quiser. Acredite, você é forte, moça. Lágrimas não são sinônimo de fraqueza, desistência sim. Mas você não vai desistir, moça do sonho, você é forte.

terça-feira, 31 de maio de 2011


                              " Deixa .. Deixa ! É bom lembrar das voltas que o mundo dá, não ? (: " 
                                                                                               (T.D)

                              


                     
Por alguns segundos esclarecedores, essa não é uma carta de despedida. Devido a um raio de sol atrevido, rompendo as barreiras impostas pelas nuvens negras, o que era fim virou um recomeço; o que seria um salto, virou um voo; o que seria uma fuga, virou um reencontro.
Daqui de cima dessa pedra vejo a cidade inteira, suas luzes acesas, seus carros que vez ou outra avançam o sinal, suas pessoas que levantam em mais uma manhã e seguem suas vidas, cumprem suas rotinas, dão um passo à frente todos os dias. Para cada uma dessas luzes, ao menos um coração partido; em cada uma dessas esquinas, ao menos um buscando uma razão; em cada passo aparentemente decidido, ao menos um pensamento de vacilação; em cada levantar da cama, ao menos a esperança de que hoje será melhor do que ontem e amanhã melhor do que hoje. Para cada pessoa um pôr-do-sol, e para cada pôr-do-sol, a certeza de que, ainda que entre as nuvens, o sol voltará na manhã seguinte.
Não tenho muita certeza do que farei daqui em diante, para onde esses meus passos me conduzirão, com quem cruzarei numa dessas esquinas, mas hoje eu escolho viver. Nem tudo me é claro, o 1 + 1 que a vida me apresentou, continua somando zero, os dias parecem desobedecer o calendário que agendei pra mim, nem tudo é como esperei, as letras das promessas foram apagadas daquele pedaço de papel, a vida sacudiu minhas certezas, me rodopiou dentro de mim mesma, e o que sobrou foi isso: dias de intensa movimentação interna - auto-conhecimento, é o que dizem - como se eu estivesse fora de mim - ou cada vez mais dentro? - e me observasse e fizesse um retrato falado de mim mesma, pra descobrir quem afinal habita nesse corpo.
Descobri que desistir agora seria muito fácil, ir embora, fugir da possibilidade de esbarrar com meu passado por essas esquinas, seria algo não perto de coragem. Por pouco não fugi, não fosse o sol. O sol bateu no meu rosto e me acordou, me convidou pra viver a vida como ela é - longe das idealizações românticas, cada vez mais perto do cotidiano realista, mas ainda assim encantadora. A vida, essa caixinha de surpresa controlada pelo tempo, bateu na minha porta e me tirou pra dançar. Um passo de cada vez, como um aprendizado, como se eu nunca tivesse pisado nesse solo, como se cada experiência fosse o começo. Sem passado, sem traumas, sem memória dos passos em falso. A vida, essa estrada finita, mas infinita em suas possibilidades. Para cada dor, um aprendizado; para cada um, um tempo, um lugar, uma história; para cada história terminada, um novo 'era uma vez'; para cada 'nunca mais', um 'mais uma chance' escondido no fundo da gaveta. 
Tô indo viver, de mãos dadas com a vida. Como um pássaro desacostumado a voar, que cai, mas descobre que sobreviveu pra tentar novamente, eu abro novamente minhas asas pra alçar um voo ainda mais alto dessa vez. A queda não me importa, assumo os riscos, decoro minhas falas com segurança, reescrevo a rota dessa longa viagem que me aguarda. Não quero parar aqui, quero ir além e descobrir o que a vida tem pra mim. Custe o que custar. Em algum lugar desse caminho há algo que só eu posso fazer, há alguém de quem só eu posso cuidar, há um coração que só minhas palavras podem tocar. Preciso chegar até lá, intacta, cada vez mais armada e mais consciente do que sou. A viagem é longa, eu sei, e eu não quero me perder de mim, abrir mão do que sou pra chegar mais rápido. Quero o caminho mais difícil e a contramão, se esse for o jeito de não poluir meus sonhos e ideais. Quero aprender nesse meu caminho, sem atalhos. Quero ser o melhor de mim, todo dia desistir de desistir, desaprender pra aprender, perder pra reencontrar. 
Essa carta, que seria de despedida, agora é o tapete de boas-vindas que a vida estende para que eu passe. Aqui, do alto da pedra mais alta, descubro que a vida, mesmo quando parece apenas escuridão, tem também seus raios de sol.


                                         
Para mim, qualquer coisa escrita com o coração
                                                é digna de ser lida e admirada.
 [ Nicole Furtado ]

                                                       
" Na fé, eu sou capaz de me dizer,com amorosa humildade, que grande parte das vezes eu não sei o que é melhor para mim. Eu não sei, mas Deus sabe. Eu não sei, mas minha alma sabe. Então, faço o que me cabe e entrego, mesmo quando, por força do hábito, eu ainda dê uma piscadinha pra Deus e lhe diga: “Tomara que as nossas vontades coincidam”. Faço o que me cabe e confio que aquilo que acontecer, seja lá o que for, com certeza será o melhor, mesmo que algumas vezes, de cara, eu não consiga entender. " ( Ana Jacómo )

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Alicerce para a felicidade.


                                                            " É possível acariciar as pessoas com palavras. "



" Estejamos certo de que a felicidade, não pode vir de fora. O caminho só será encontrado quando você começar a fazê-la nascer dentro do seu coração; através de suas ações, suas palavras e pensamentos ... A situação em que se encontra o " mundo " de hoje é desprezível. Corações amargurados; enraivados .. trazendo consigo atitudes tenebrosas; me deixa extremamente abalada. É de sentir pena. É de perfurar a alma. Quero tratar dessas feridas deixadas por tantas e tantas pessoas, que se julgavam serem melhores. Por favor! Não seja frio. Não seja tolo, o caminho da raiva, da fúria não te levará a nada. DERRAME raios de sol, de AMOR, de compaixão dentro de si; e verá como as coisas tomarão um rumo diferente. " (T.D)